Após mês e meio sem escrever no blog, que se ficou a dever à minha preparação para as provas públicas de mestrado que efectuei no passado dia 13 de Dezembro, na Faculdade de Direito de Lisboa, regresso aqui para tentar, de forma mais regular, abordar o que de mais relevante se vai passando no município de Alcobaça e na região.
Desde finais de Outubro, destaco os documentos previsionais aprovados na Câmara Municipal de Alcobaça (com voto de qualidade do Presidente, ante o empate na votação) e que irão ser discutidos na próxima Assembleia Municipal, a realizar a 20 de Dezembro.
Trata-se do penúltimo orçamento aprovado por esta Câmara, dadas as eleições que decorrerão em 2013.
Com uma taxa de execução previsível na ordem dos 50% no corrente ano, o orçamento para 2012 ultrapassa o valor de 56 milhões de euros, o que é perfeitamente irrealista e demonstra, mais uma vez, o desfazamento de tal documento com a realidade.
Não se vislumbra qualquer sentido orientador por parte de quem tem obrigação de, em documentos fundamentais para o município, traçar uma linha de rumo com vista ao futuro. Em tempos de crise, bom seria que o Município soubesse o que queria para o concelho: aposta no turismo? Na cultura? Na indústria? Em quê, afinal?
Os documentos previsionais aprovados revelam-se um puro exercício matemático, sem qualquer preocupação direccionada às pessoas, famílias, empresas, às freguesias e ao apoio social.
É pois, um documento sem rasgo, sem horizonte, frio e que prescindiu da contribuição da oposição que, mais uma vez, recebeu os documentos tarde e a más horas.