Eis a reacção de dois vereadores do anterior mandato PSD (Carlos Bonifácio e Alcina Gonçalves) e de Eduardo Nogueira (membro da Assembleia Municipal eleito pelo PSD no presente mandato e ex-administrador da Terra de Paixão) ao comunicado do Presidente de Câmara Paulo Inácio sobre as investigações da Polícia Judiciária.
Ficamos por saber o que têm a dizer os vereadores actuais da maioria atingidos pelo comunicado do Presidente de Câmara,o qual já comentei nesta página (O comunicado do Presidente da Câmara....) !
Publicado na rádio cister online.
Ex-autarcas de Alcobaça rejeitam suspeições no caso da construção dos centros escolares
Atendendo às sucessivas notícias que têm vindo a público, relativamente à investigação à construção dos Centros Escolares, no Município de Alcobaça promovida pela Polícia Judiciária, os abaixo assinados vêm a público esclarecer os Munícipes e tomar posição sobre os factos:
1. Os abaixo assinados foram, com muita honra e orgulham-se desse facto, membros do anterior executivo e, por isso, não podem, em circunstância alguma, ficar em silêncio sobre a forma como o assunto tem sido tratado.
2. O Presidente da Câmara veio a público colocar o ónus das investigações sobre a gestão do Dr. Gonçalves Sapinho que, infelizmente, não se pode defender e vê o seu nome arrastado para a lama, precisamente por quem atingiu a cadeira do poder, à conta do apoio do Dr. Sapinho. É caso para dizer que a ingratidão não tem limites. Já tinha sido assim há um ano atrás, quando levantou suspeitas sobre a situação financeira da Câmara.
3.Sobre as investigações em curso, de concreto, nada sabemos e, porque temos a consciência tranquila, estamos disponíveis para todos os esclarecimentos que eventualmente nos venham a ser solicitados. “Quem não deve não teme”, a nossa vida fala por nós, não estamos, nem nunca estivemos dependentes da política, nem agarrados aos lugares. Por isso, nos fizemos há vida sem depender das benesses do poder.
4. Se a investigação tem a ver com a facturação, como vem na imprensa, convém esclarecer que quando o executivo liderado pelo Dr. Sapinho cessou funções estava-se na fase das terraplanagens e não havia ainda facturas emitidas. Se a investigação é sobre as deliberações é preciso que se esclareça que todas as decisões foram objecto de apreciação na Câmara e na Assembleia Municipal (órgão fiscalizador), do qual Paulo Inácio era Presidente, tendo todas as deliberações merecido o voto favorável da bancada do PSD.
5.O Presidente da Câmara, ao dizer que mandou elaborar um relatório, do qual nada diz quanto às suas conclusões, dá a ideia que está do lado das investigações contra algo que não refere. Deixa um rasto de suspeições que são intoleráveis e incompreensíveis, tanto mais que na sua equipa fazem parte dois vereadores que estiveram no executivo do Dr. Sapinho.
6.Rejeitamos ser vítimas colaterais e silenciosas. Se o Senhor Presidente da Câmara pretende atingir o seu vice-presidente Hermínio Rodrigues – principal responsável pelo dossier, como Presidente da “Cister – Equipamentos Educativos, SA”, empresa proprietária dos Centros Escolares – trate de resolver o assunto internamente, não alimente suspeições que acabam por atingir pessoas que pouco ou nada têm a ver com o assunto.
7.Perante os factos vindos a público é nossa convicção da legalidade de todo processo, por isso estamos de consciência tranquila. Aquilo que sempre nos norteou foi os princípios, a ética e a honestidade no exercício dos cargos públicos.
Alcobaça, 2 de Fevereiro de 2012.
Carlos Bonifácio
Alcina Gonçalves
Eduardo Nogueira
1. Os abaixo assinados foram, com muita honra e orgulham-se desse facto, membros do anterior executivo e, por isso, não podem, em circunstância alguma, ficar em silêncio sobre a forma como o assunto tem sido tratado.
2. O Presidente da Câmara veio a público colocar o ónus das investigações sobre a gestão do Dr. Gonçalves Sapinho que, infelizmente, não se pode defender e vê o seu nome arrastado para a lama, precisamente por quem atingiu a cadeira do poder, à conta do apoio do Dr. Sapinho. É caso para dizer que a ingratidão não tem limites. Já tinha sido assim há um ano atrás, quando levantou suspeitas sobre a situação financeira da Câmara.
3.Sobre as investigações em curso, de concreto, nada sabemos e, porque temos a consciência tranquila, estamos disponíveis para todos os esclarecimentos que eventualmente nos venham a ser solicitados. “Quem não deve não teme”, a nossa vida fala por nós, não estamos, nem nunca estivemos dependentes da política, nem agarrados aos lugares. Por isso, nos fizemos há vida sem depender das benesses do poder.
4. Se a investigação tem a ver com a facturação, como vem na imprensa, convém esclarecer que quando o executivo liderado pelo Dr. Sapinho cessou funções estava-se na fase das terraplanagens e não havia ainda facturas emitidas. Se a investigação é sobre as deliberações é preciso que se esclareça que todas as decisões foram objecto de apreciação na Câmara e na Assembleia Municipal (órgão fiscalizador), do qual Paulo Inácio era Presidente, tendo todas as deliberações merecido o voto favorável da bancada do PSD.
5.O Presidente da Câmara, ao dizer que mandou elaborar um relatório, do qual nada diz quanto às suas conclusões, dá a ideia que está do lado das investigações contra algo que não refere. Deixa um rasto de suspeições que são intoleráveis e incompreensíveis, tanto mais que na sua equipa fazem parte dois vereadores que estiveram no executivo do Dr. Sapinho.
6.Rejeitamos ser vítimas colaterais e silenciosas. Se o Senhor Presidente da Câmara pretende atingir o seu vice-presidente Hermínio Rodrigues – principal responsável pelo dossier, como Presidente da “Cister – Equipamentos Educativos, SA”, empresa proprietária dos Centros Escolares – trate de resolver o assunto internamente, não alimente suspeições que acabam por atingir pessoas que pouco ou nada têm a ver com o assunto.
7.Perante os factos vindos a público é nossa convicção da legalidade de todo processo, por isso estamos de consciência tranquila. Aquilo que sempre nos norteou foi os princípios, a ética e a honestidade no exercício dos cargos públicos.
Alcobaça, 2 de Fevereiro de 2012.
Carlos Bonifácio
Alcina Gonçalves
Eduardo Nogueira