Apresentada a proposta, a minha reacção foi de estupefacção ante a data de celebração do contrato, o tempo decorrido (seis meses) e a urgência em votar a proposta. Na verdade, a maioria PSD, há seis meses atrás, celebrou o contrato e agora resolve o mesmo contrato. A ponderação dos valores em causa, do investimento previsto e a decisão política de prioridades merecia que a oposição tivesse tempo (e não apenas uns minutos) para se debruçar sobre a matéria. Os contratos surgiram na própria reunião e as explicações também. Não podemos esquecer que há seis meses atrás a crise estava instalada. Tal argumento parece, pois, anacrónico. O argumento de "outras prioridades" já merece mais atenção e não será descabido equacionar a relatividade dos dinheiros públicos ante a multiplicidade de decisões a tomar. Porém, que prioridades estabeleceu esta maioria PSD para o concelho? Ao resolver o contrato avançou com a definição concreta de outros investimentos ou metas a atingir? Não o fez.